Tuesday, January 17, 2006

Histórias ao Metro

O Metro sempre foi o meu transporte de eleição em Lisboa e, em Paris, é a mesma coisa. Aqui os metros são Verdes em vez de Azuís e Vermelhos. Há bancos desdobráveis perto das portas das carruagens. Portas essas que não se abrem sozinhas - têm uns pequenos manípulos ou botões para esse efeito - o que acho pouco higiénico, mas que se justifica por algumas paragens serem exteriores e estarmos num país frio, onde as portas se abrirem todas em cada paragem no Inverno seria desconfortável. Aliás, nas gares de comboio (um outro meio de transporte público com que me estou a familiarizar) há aquecedores eléctricos que funcionam quando faz mais frio. As pessoas em redor deles, parecem traças atraídas pela luz.
Enquanto que as gares centrais do Metro de Lisboa cheiram muitas vezes a pipocas, as de cá cheiram a Croissants (muito melhor!)
O ambiente "social" no Metro de cá é um pouco mais fechado, pois grande parte das pessoas põe os auscultadorezinhos do seu leitor de MP3 e lá passa a viagem fechada no seu "mundinho". Como há diversas estações externas na minha linha, há rede de telemóvel cá!
(Vejo menos pessoas com telemóvel em França, mas eles têm quase todos os telemóveis mais sufisticados, pois aqui os telemóveis vendem-se a 1euro e outros preços ridiculamente baixos, para compensar o absurdo que se paga de assinatura.)

Até os pedintes (que os há aqui também, obviamente) são diferentes: nunca ví nenhum cego (esta frase soa estranha) mas, para além do pedinte "modelo clássico";
há jovens que contam histórias de como perderam todos os documentos ou de como estão a tentar vingar no mundo da música antes de nos brindarem com um concerto não solicitado; há os que nem falam e se limitam a deixar uns bilhetes com o pedido de dinheiro nos assentos, vindo recuperá-los depois;
e, hoje, vi o mais original de todos: um pedinte tocador de Harpa!

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