Ups....

Há dias, na cantina da Fac. de Orsay, um colega meu quis ser simpático e lembrou-se de me trazer mostarda num copo. Quando cheguei ao local onde deixamos os tabuleiros depois de acabar a refeição, o empregado (que se parecia imenso com o Pavarotti mas que, ironicamente, era mudo) pega no copo com mostarda e começa a fazer um sinal de desaprovação abanando com a cabeça e dedo. Apesar de eu ter pedido desculpa e ter dito que não sabia que ter usado o copo para a mostarda era um transtorno assim tão grande (até nem tinha sido eu o culpado, mas enfim....), o drama continuou. O gajo passou o copo a outros dois colegas, que ficaram igualmente chocados com o artefacto que agora observavam escrupolosamente, fazendo gestos do género "olha a merda que o gajo fez! Agora como é que eu vou lavar isto?". Eu estava a achar aquilo um exagero monumental: era só mostarda e não um fluído nojento de origem duvidosa! Pedi desculpa de novo (pois, a certa altura, a fila atrás de mim acumulava e eu tinha os três funcionários a olhar para mim e a abanar a cabeça, num "não" muito sério) e afastei-me para não me enervar nem rir na cara deles.