Café (IV)

O pessoal do meu laboratório vai todo almoçar ao mesmo tempo. Por volta das 11h30m, um de nós é "activado pela fome" e começa a perguntar aos outros "quando é que estás pronto para ir almoçar?". Hoje fui eu.
Comecei a perguntar "Almoças com a gente?"
e os meus colegas foram respondendo
"Eu hoje almoço fora",
"Eu vou à piscina e almoço só uma sandes"
"Eu tirei a tarde e almoço em casa"
Até a chefe estava em reunião e não viria...
Ás tantas apercebi-me que não fazia sentido perguntar "Almoças com a gente?" , pois não havia "a gente", era só eu!
Uma colega (que ia almoçar com uma outra pessoa que trabalha noutro andar e que eu só conheço de vista) acabou por ter pena de mim e "adoptou-me" (fui almoçar com elas)...
Ao fim do almoço, eu gosto de beber a minha bica (sim, vou falar de café pela bilionésima vez!). É aí que a minha colega começa a contar à outra senhora uma coisa engraçada que me acontece.

Na cantina do instituto onde faço o meu estágio acontece-me oferecerem-me o café ou darem-me o café da variedade mais cara, quando eu só paguei pela mais barata. Os meus colegas dizem que eu ando a dormir com as senhoras da cantina.
Ok, o café é bom, mas não a ESSE ponto! É só uma questão de sorte, uma coincidência... que acontece tipo 80% das vezes, mas uma coincidência! Cof, cof...
E foi isso que disse à outra senhora: "é só uma coincidência!"
Quando fomos então beber o café, eu apresentei a minha senha de café baratucho e fui logo servido com um café dos caros. A senhora que eu só conhecia de vista aderiu à teoria dos meus colegas...