O tamanho da ética

Num momento em que me devia estar a concentrar na apresentação que terei de fazer amanhã, aconteceu-me uma coisa que me irritou e me fez pensar no seguinte: a importância do tamanho.

Se fossem violados(as) (não, não foi isto que me aconteceu, mas foi um pouco o que me fez sentir), aceitavam que o advogado de defesa do violador usasse como argumento "o arguido violou, é certo, mas como o pénis dele é pequeno não devia contar!" ou "você disse que "não" aos gritos e a chorar, mas ele pensou que era a brincar e que eram lágrimas de alegria"?

E quem diz isto diz ameaçarem a vossa criança com uma arma, mas, "visto ser uma arma de baixo calibre e estar meia escondida pelo bolso, não devia contar..."!

O tamanho é importante, mas há situações em que é claramente secundário. Para mim, quando os outros interpretam de "forma criativa" coisas que eu vejo a "preto e branco"... grrrrrrrrr.

Isto foi só um desabafo: eu tenho de descarregar no momento para ficar bem comigo e com os outros.

No fundo, o que quero dizer é que as coisas que são importantes para uns, são-no menos para outros, o importante é saber respeitar. Por exemplo: o meu orientador ADORA a Buffy (sim, a caçadora de Vampiros) e comprou os DVDs todos. Só eu sei a minha batalha interior para não rir às gargalhadas na cara dele.

Mas isto, se calhar, sou só eu... mas duvido que seja!

Paris a três...

Tive uma visita da Ju e da Nokas. A Nokas fotografava tudo o que mexia e a Ju ficou radiante por aprender a dizer que estava enjoada em francês (quando engravidar vai dar imenso jeito!). Apesar de estarmos na cidade onde estou agora a viver, rapidamente elas perderam qualquer tipo de ilusões de confiar em mim como guia! Acho que ainda estaríamos a tentar saír do Louvre se assim não fosse. Mas, para guia, tínhamos a Ju, que andava sempre com um ar muito decidido (mesmo que não soubesse para onde ia) e que ia descrevendo a panóplia de aromas à Nokas (que não tem olfacto): "Olha, esta estação cheira a mijo!" - Fascinante!
Lanchámos crepes num café que tinha umas raparígas super simpáticas a atender.
Visitámos o Moulin Rouge (com direito a vibradores e vestidos de noiva com capuz). No entanto, uma santa que disparava raios da testa assustou muito as meninas e elas quiseram logo passar pelo Sacré Coeur para confessarem o seu arrependimento.
Tive sorte pois ainda dei uma de gigolô e as miúdas pagaram-me o jantar num restaurante de luxo (tão luxouso que o WC dos Homens era um buraco no chão, num cubículo minúsculo onde a luz se apagava sem mais nem menos).
Para acabar, fomos aos abraços no Metro até à Torre Eiffel, onde a Nokas foi assediada por senhores que vendiam Torres Eiffeis que piscavam em muitas cores. Como ela não aceitava comprar aqueles artefactos valiosos, eles soltaram as suas pombas mecânicas enraivecidas. Enfim foi, acima de tudo, um momento muito comovente, com pedidos de casamento e tudo...
PS: temos os olhos um pouco esquisitos nesta foto devido aos flashes da Torre Eiffel que maravilharam a Nokas (parecia uma traça a olhar para uma lâmpada... mas, tipo, no bom sentido!).

Dias Filosóficos

São os dias em que paro para pensar no profundo e inexistente duplo sentido das perguntas simples do dia-a-dia.

VooDoo

Hoje o meu orientador estava adoentado - Eu desconfio de que era caganeira. Uma colega até lhe sugeriu um medicamento em pó para os gases, que ele recusou (certamente por vergonha de revelar a natureza da "indisposição"). Um outro colega virou-se para mim (o estagiário) e perguntou-me o que eu tinha feito ao meu orientador. Esta foi a imagem que me veio logo à cabeça...

PS: Eu não me esqueci dos episódios da saga! Estou só à espera de ter um pouco mais de tempo e inspiração...