Wednesday, December 27, 2006

Boas Festas!


Estou finalmente em Portugal! Mas o meu pai quis passar as festas num local sem internet... Enfim: de regresso à idade da pedra! Passei a correr por aqui só para desejar a quem lê o meu Blog umas festas bem porreiras!

Thursday, December 21, 2006

What?!

Ontem fiz uma apresentação em Inglês. A minha orientadora, depois de me ouvir, disse-me: sabes? Tens uma voz mais masculina quando falas inglês! "Mas, mas ...e como é a minha voz em francês então?" - pensei. O meu ego ficou ferido o suficiente para um ano! Bem, anyway, parece que fiquei com boa nota... apesar de ter feito uma apresentação de 20min. em 13min! A "cabra-que-todos-odeiam" sentia-se nas suas 7 quintas, como tem um muito bom nível de inglês para uma francesa, eu era um dos poucos que lhe poderia fazer concorrência (tendo em conta o inglês, que eu não sou o supra-sumo da apresentação). Ela costuma exibir-se de forma arrogante e fazer perguntas para se fazer de inteligente e tramar os colegas. Contudo, saíu-lhe o tiro pela culatra: fez uma apresentação que, do ponto de vista ciêntífico, estava uma merda (os prof.s, ao que parece, até reviravam os olhos ao ouvir as baboseiras). Eu fiz uma pergunta que só veio piorar as coisas e a gaja tem estado com a bola bem baixinha. Eu sei que não devia ser assim, mas estou encantado! Até porque ela voltou a tentar usar a técnica do choro para ver se tinha abébias (mais das que já tinha, visto que os professores dispensaram-na de vir dois dias para ter mais tempo para se preparar) e eles ignoraram-na!

Tuesday, December 19, 2006

Já falta pouco...


Saturday, December 16, 2006

Festa de Noël do Lab.


Resumo: comemos fois gras e salmão, entre outras coisas. Houve um convívio super fixe, risota, quebra-cabeças e calhou-me uma caneca de porco como prenda. Perto do fim, um ou dois prof.s/colegas decidiram meter-me no cabelo e dentro da roupa estrelas para se meterem comigo! Eu bem que me sacudi, mas ainda encontrei algumas quando cheguei a casa!

Friday, December 15, 2006

O "Outro"

Há um gajo no meu laboratório com o mesmo nome do que eu. Veio do Peru e, quando chegou, ninguém sabia como evitar confusões com os nomes. Eu sugeri passarem a chamar-me "o bonito", mas ninguém me levou a sério... De momento, a única forma de nos distinguir numa conversa é que ele é "o outro", mas acho que o sistema não vai durar.
O "outro" tem mais de trinta anos, uma compreenção lenta e um dom muito especial: é um pouco como o dom de fazer amigos facilmente... mas ao contrário! É que ele é um pouco... "esquisito" (por falta de palavra melhor) e faz uns "à partes" um pouco avançados demais para os elementos femininos do Lab.
Eu não possuo de forma alguma o "dom de fazer amigos com grande facilidade" e, por isso, chego a ter uma certa pena quando o vejo ser ignorado e mesmo evitado no lab. Acho que, acima de tudo, ele faz infelizes tentativas de conversa.
Dito isto, tenho de confessar que também o evito! Isto porque uma das coisas que ele faz é, quando estou a manipular, ficar a olhar para mim (mas isto acontece com toda a gente e é um pouco "spooky") durante um pouco, para depois perguntar: "o que estás a fazer?" (acho que para meter conversa num lab. onde não tem amigos). As minhas respostas são do tipo: "estou a escrever", "estou a pôr as luvas", etc... Isso deveria ser o suficiente para a maioria das pessoas perceber que a estou mandar passear... mas não para ele! Certa vez, perguntou-me isso quando eu estava a fazer algo que ele já tinha feito - nada de novo nem de interessante (ele sabia bem o que eu estava a fazer, bolas!). Respondi que estava a "jogar ténis", já irritado. Ele riu-se e ainda hoje me chateia... a mim e aos outros... HELP!
Há dias, disseram-me que tenho um humor corrosivo... Onde foram buscar semelhante coisa? LOL

Wednesday, December 13, 2006

Perspectivas

Quem nunca teve "aquela" experiência que muda totalmente a nossa vida e a forma como vemos o mundo? Tudo parece diferente e interessante! Vocês sabem bem do que falo: "Estudar"!
A altura de estudo é um momento em que a mente se abre para TODO o tipo de temas... MENOS AQUILO QUE TEMOS DE ESTUDAR!! Tipo: "Bem, lá vou ter de estudar... pera pera, saíu um novo "best-of" da Amália Rodrigues??!! Espero que tenha um dueto com o Zé Cabra! Mas não, tenho de estudar... oquê? Vai passar um documentário de 3 horas na TV sobre a caspa?! Sempre quis ver isso!!! Parece q o estudo vai ter de esperar... "

Adivinhem o que era suposto eu estar a fazer em vez de estar a escrever aqui...:p

Monday, December 11, 2006

So that you know...

Ao contrário do que o meu conto de Natal poderá ter levado as pessoas que não me conhecem bem a pensar, eu não sou um romântico! Uma colega minha viu bem a prova disso hoje. Ela contou-me uma história dela e de um homem que acabava num beijo e a minha pergunta de seguida foi: "a propósito desse beijo, há quanto tempo estás constipada?"
Se a minha vida fosse um episódio da "Ally McBeal" esta seria a altura em que aparecia o som do disco de vinil a riscar!

Friday, December 08, 2006

Jogatina

Fui convidado a uma noite de jogatina na casa de uma colega de Lab. Foi super divertido, pois muitos dos meus colegas foram e são também meus professores (nem vos falo dos comentários que oiço de outros alunos... e prof.s...LOL).
Haviam inúmeras opções de jogos, mas eu acabei por inviezar a escolha para um que me chamou a atenção: Les Loups-Garous de Thiercelieux ("Os Lobisomens de Thiercelieux").
Existem diferentes personagens (entre elas, dois lobisomens) e só o próprio sabe quem é. Resumindo: de noite os lobisomens matam quem querem e, de dia, o grupo decide uma outra pessoa a matar (um pouco ao calhas, por votos, com todos a incriminar-se mutuamente de ser um lobisomem) para tentar matar os dois lobisomens antes que eles matem toda a gente.

Eu era frequentemente o lobisomem...
Depois de muita risada, comida espanhola e algum alcóol perdi o meu comboio (malditas greves: aqui as greves de transportes públicos é quase todas as semanas, sem exagero) e tive de ficar por Versailles...

Sunday, December 03, 2006

Um conto de Natal

Depois de uma adesão ao movimento de novos contos de Natal, que superou as minhas modestas espectativas, eu estava em falta ao ainda não ter apresentado o meu!
Aqui está ele. Antes de mais, aviso que não tenho qualquer tipo de dom literário - na verdade, eu sou muito impaciente, chegando demasiado depressa ao climax da história, com poucos preliminares (até era para chamar a este conto "Ejaculação Precoce", mas depois achei um tema pouco natalício). Lamento também informar que é um conto lamechas...
Bem, depois destes avisos que certamente me fizeram perder mais de metade dos leitores, convido-vos a ouvir esta música que escolhi como banda sonora do meu conto. Enjoy!

Num hotel de montanha, uns quantos amigos de faculdade juntam-se para festejar a passagem de ano. A sala estava cheia com os convidados e respectivos acompanhantes. Gustavo chega um pouco atrasado e começa a procurar em redor por caras conhecidas. Em pouco tempo, encontra dois amigos: André e Ofélia, os ex-colegas com quem passava a maior parte do tempo livre nos anos de licenciatura. Á medida que a conversa passava, o jovem repara cada vez mais em Ofélia. Estava diferente: mais matura e bonita. Infelizmente, uma das coisas que tinha mudado nela era que, agora, era uma mulher casada.
Isso, regra geral, seria o suficiente para Gustavo desistir da ideia de um envolvimento romântico. Contudo, o olhar de Ofélia também parecia reconhecer nele algo mais do que um simples conhecido ou mesmo amigo. A verdade é que, desde a última vez que se tinham visto há mais de três anos atrás, pensavam no que teria acontecido se se tivessem beijado quando tiveram a oportunidade de o fazer. Agora parecia ser tarde demais.
Quando a música da sala se torna um pouco alta demais, os dois saiem e encontram-se no jardim das traseiras do hotel. Estava a ser um inverno invulgarmente seco e quente: não se via uma única núvem no céu. O casal passeia no jardim, falando de tudo e nada em especial, sem ver o tempo passar. Os dois acabam por se deitar na relva, a olhar para as estrelas. As respectivas vidas amorosas foram assuntos abordados de forma breve, quase evitada, como se sentissem culpa só por estarem ali sozinhos.
Repentinamente, Gustavo levanta-se e aponta para uma estrela cadente. Era um momento especial, deles, e Ofélia sugere que peçam um desejo. Gustavo ainda diz, em tom de brincadeira, que era infantil, mas Ofélia responde: "Porque não? Pode ser que, se pedirmos a mesma coisa, se realize...". Ele faz-lhe a vontade e ambos fecham os olhos e pedem, em silêncio, o desejo. Com apenas as estrelas como testemunhas, os dois aproximam-se de olhos fechados. Ao longe, na sala, os outros faziam a contagem decrescente para um novo ano de uma realidade que eles estavam a escolher ignorar. 5, 4, 3, 2, 1... e os dois beijam-se. A estrela cadente esplode no céu sem fazer ruído algum. Depois do beijo, resistindo à ideia de que aquele momento teria de acabar os dois ficam um pouco de olhos fechados. Ofélia é a primeira a abrir os olhos, quando sente algo frio tocar-lhe no nariz e testa: estava a nevar! Mas, quando Gustavo abriu os olhos, era evidente que essa não era a única coisa que tinha acontecido. O casal estava agora no pátio da faculdade, no último inverno em que se tinham visto. Ambos tinham visto o seu desejo realizado: uma segunda oportunidade para descobrirem o amor que sentiam um pelo o outro.

Friday, December 01, 2006

Uma forma de ver os sinais


Todos os dias passo por sinais de diversos tipos a caminho da Faculdade ou mesmo no laboratório. Hoje, decidi partilhar convosco as interpretações que dei a alguns deles. (cliquem na imagem para aumentar)